Falar de mim?!

Falar de mim... Algo que eu realmente não gosto de fazer, talvez não goste de fazer por não saber fazer, por achar difícil, complicado, ou por ter uma enorme dificuldade para realizar tal procedimento... Mas está bem, vou tentar. Eu quero, quero treinar um pouco de mim; um pouco do que gosto, do que não gosto; do que sei, do que não sei; do que quero, do que não quero... Enfim quero treinar e até auto avaliar meu pequeno, contraditório e confuso conhecimento sobre quem eu sou.
Pessoa simples, pessoa comum, pessoa diferente, pessoa mudante, constante, inconstante... Talvez eu seja só a contradição, a utopia e a empatia em pessoa. Talvez não, também sou feita de revolta, de ódio, e de prestígio por vingança. Sou feita de sentimentos bons, de sentimentos ruins, de sentimentos certos e incertos.. Sou otimista com os outros, em relação aos outros, à vida e aos problemas dos outros. Mas sou extremamente pessimista em relação à mim mesma, à minha vida e aos meus problemas. Talvez eu seja assim, pelo simples fato de saber solucionar o problema das pessoas e não saber agir da mesma maneira quando se trata de mim mesma. Talvez isso ocorra porque tratando-se de mim, eu exercite apenas o sentimental, o emocional, sendo assim, deixo o racional de lado. Sou sim uma pessoa extremamente empática e contraditória. Sou feita de sonhos, de utopias, de planos bizarros e doidos, os quais se colocados em prática na devida maneira, seriam capazes de mudar o mundo, de revolucionar as pessoas.. Mas, como minha mãe me falou outro dia: "Revolução não muda, impõe." Talvez seriam apenas imposições boas e benéficas para a maioria da população... Maas, este é um conceito meu o qual defende e concorda com meus planos, minhas utopias. Vivo em um mundo, em uma sociedade, em um sistema, onde tudo e todos tentam acabar com nossos sonhos a todo tempo, a todo momento. Cada vez mais pessoas perdem precocemente o seu lado infantil, o seu lado de sonhar, de querer, de fantasiar, de considerar tudo possível e nada impossível. Talvez nada seja realmente impossível, (eu disse talvez!). Sabe, as vezes só depende do jeito, e da força de vontade das pessoas que o fazem, que realizam, ou que pelo menos tentam realizar, concretizar o algo que é dito como impossível pela maioria das pessoas. Porém, ao mesmo passo que temos esse pensamento, essa linha de raciocínio, não podemos desconsiderar o outro raciocínio. O qual é oposto a este relatado anteriormente, mas que também é tão correto quanto. Ou seja: quando falamos, pensamos, concluímos que, a vida querendo ou não acaba nos direcionando, nos levando a um lugar em específico, a uma "missão" específica. Por exemplo, sabe aquela "tarefa", aquele "destino" do qual você tenta se livrar, tenta fugir, mas que não dá, inesperadamente no futuro você se depara com o mesmo novamente, e então percebe que aquilo realmente estará em sua vida, não importa o que você faça ou o quão você mude... "Aquilo" simplesmente faz parte de você. Daí, espero que tenha ficado claro que talvez, o fato de que: nos "livrarmos" de algo que nos "pertença" seja realmente impossível, não importa a dedicação que dermos para tornar esta tarefa possível, ela será sim impossível, porque talvez se trate apenas de "destino" ou de algo muito parecido com esta teoria formulada por nós.
Sabe, a vida é tão contraditória, mas tão contraditória ao extremo mesmo, que esses dias parei pra pensar e vi... Acho que não existe realmente bem e/ou mal. Talvez tudo o que exista na face da terra tenha os dois conceitos, as duas concepções entrelaçadas e dependentes uma da outra. Ou talvez, não exista nem bem nem mal, talvez os dois sejam os mesmo conceitos, exatamente os mesmo, com as mesmas propostas, opiniões, formações, só depende do nosso ponto de vista, das nossas concepções, das nossas preferências... Mas um acaba sendo tão igual ao outro, tão idêntico, tão sem diferenciação própriamente dita, que... Eu me pergunto: Onde é que fica a porra toda do nosso tal de "livre arbítrio"?! Como é que temos liberdade para escolher algo que é tão parecido, tão confuso e tão contraditório no fim a ponto de se tornarem iguais, mesma face, mesmo tudo... Onde as pequenas mudanças e diferenciações só dependem realmente do gosto, dos desejos, das vontades, e das concepções de cada um. Sabe, como dizer, como julgar quem está certo ou errado, quando os dois lados (bem e mal) acabam agindo da mesma maneira (tá eu estou generalizando, mas para e pensa sobre, vê se não é fato?!) Como salvar toda humanidade, sendo que talvez os opostos que conhecemos sejam apenas "irmandade", complemento?! Dai existem aquelas pessoas que me falariam para continuarmos sempre no meio, para não "cairmos" em nenhum dos dois extremos, só que, isso não seria um certo tipo de hipocrisia?! Não seria uma mescla, confusa e maluca, a qual sempre nos deixaria "em cima do muro" e sem aptidão, sem vontade ou determinação para escolher um só caminho?! Mas como escolher um só caminho, quando temos duas opções, iguais mas ao mesmo tempo opostas?! Opções que no fundo, na essência delas, realmente nos tiram toda e qualquer liberdade ou livre arbítrio dentre as nossas atitudes e escolhas...
E no final, no fim de tudo o que eu escrevi, fica a pergunta (pergunta a qual eu realmente me faço todos os dias, mas que ainda não encontrei resposta que me satisfaça): A vida é mesmo tão complicada assim, ou eu, nós e nossos padrões, pensamentos e conceitos impostos e feitos de uma maneira manipuladora, é que modificam e que complicam tanto assim a vida e tudo o que existe dentro dela?!
É confuso, é realmente confuso o que eu escrevo, e é mais confuso ainda o que e como eu penso. Falar de mim... Essa eraaa
Pensa nisso! ^^